22 de fevereiro de 2009

Catastrofismo: Uma Proposta Criacionista de Grande Impacto

Catastrofismo é uma hipótese científica, utilizada tanto pelos criacionistas quanto pelos naturalistas. Em resumo ela diz que a Terra tem sido afetada por eventos violentos, repentinos e de curta duração, com implicações locais ou globais.

Um exemplo típico é a teoria associada com a suposta extinção dos dinossauros. Segundo esta teoria, a 65 milhões de anos atrás o impacto causado por um asteróide de cerca de 10 km de diâmetro teria colocado um fim ao período Cretáceo. 70% de todas as espécies, incluindo os dinossauros, teriam sido extintas.

O paradigma dominante da geologia naturalista, o uniformitarismo, também conhecido por gradualismo, tem sido mais flexível nos dias atuais quanto a esta questão, procurando integrar uma visão onde eventos catastróficos sejam considerados como parte da história do planeta Terra.

O Catastrofismo É Observável

Eugene M. Shoemaker, fundador do campo conhecido por Ciência Planetária, foi o primeiro a provar que impactos causados por meteoros e asteróides afetam tanto a vida quanto o biosistema do planeta Terra.1 Seus estudos mostraram também que eventos causados por impactos são muito comuns no sistema solar.

O evento mais recente, que ilustra esta descoberta, foi a seqüência de impactos causados pelas partes do cometa Shoemaker-Levy 9 no planeta Júpiter, entre os dias 16 e 22 de julho de 1994. Foram 21 impactos ao todo. O maior deles, o do fragmento G, atingiu o planeta Júpiter no dia 18, deixando uma mancha escura de aproximadamente 12.000 km de diâmetro e liberando uma energia equivalente a 6 milhões de megatons (todo o arsenal atômico que existe no planeta liberaria uma energia 750 vezes menor!).

Dr. Shoemaker observou corretamente que tais eventos deixam “marcas” nos corpos celestes, sejam eles planetas ou luas. A nossa própria Lua é um exemplo com as suas muitas crateras.

Causas e Efeitos

Catástrofes naturais são decorrentes de várias fontes distintas. Por fontes naturais a ciência entende que são aquelas não resultandes da intervenção do ser humano, como é o exemplo do aquecimento global que o planeta Terra vem experimentando.

Estas catástrofes naturais podem ser categorizadas especialmente pela sua origem: impactos, atividades vulcânicas, atividades sísmicas e atividades atmosféricas. Para o estudo de cada uma delas, a ciência utiliza-se de áreas que se combinam para dar uma explicação o mais completa possível do evento e das suas implicações.

A avaliação dos efeitos de tais eventos, tanto na estrutura geoclimática do planeta como na performance do ecosistema e da biodiversidade que nele existe, é de grande interesse para a ciência, pois possui profundas implicações na averiguação das teorias relacionadas com as origens.

Permanecendo no Erro

O planeta Terra, não pode ter sido sempre igual ao que ele é hoje, sendo que o atualismo evolucionista (uniformitarismo) não é uma pressuposição científica consistente com a evidência.

Mudanças que ocorreram na superfície da Terra no passado podem ser explicadas por meio de causas que estão em operação hoje. Podemos compreender o planeta hoje, estudando o seu passado. Portanto, o passado é a chave para entendermos o presente.

No entanto, as teses naturalistas sobre o planeta e a vida continuam sendo amplamente aceitas como verdadeiras e acima de qualquer contestação:

“O presente é a chave do passado.” (Sir Charles Lyell).2

“... contudo, num longo espaço de tempo as forças são balanceadas tão gentilmente, que a face da natureza permanece uniforme por longos períodos de tempo, embora, seguramente a mais simples futilidade dá a vitória a um organismo sobre um outro. Todavia a nossa ignorância é tão profunda, e tão alta a nossa presunção, que nos maravilhamos quando ouvimos da extinção de um organismo; e como não vemos a causa, nós invocamos cataclismas para devastar o mundo, ou inventar leis sobre a duração das formas de vida!” (Charles Darwin).3

Quando comparamos estas citações, que são a base do pensamento naturalista, nos perguntamos: Até quando a ciência permanecerá de olhos fechados para a evidência? Até quando ela ira falar de destruição em massa devido a eventos cataclísmicos e continuar aceitando o atualismo?

Referências

1. http://www.britannica.com/eb/article-9114891/
Shoemaker-Eugene-Merle

2. Charles Lyell, Principles of Geology, John Murrey, London, First Edition, 1830, Vol 1.

3. Charles Darwin, The Origin of Species, John Murrey, London, First Edition, 1959, p. 74.

Este artigo está baseado numa parte do Capítulo 7 “A Origem do Catastrofismo: Geofísica e Hidrodinâmica” do livro “Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Criacionismo”

Codificação, Informação e DNA

A teoria do Design Inteligente é uma teoria científica com conseqüências empíricas desprovida de qualquer compromisso religioso. Ela se propõe a detectar empiricamente se design observado na natureza é genuíno ou um produto das leis naturais, necessidades e o acaso.

As técnicas empregadas pela teoria do Design Inteligente oferecem ferramentas de grande valia para o estudo das origens, mais especificamente para a origem da vida.

A teoria do Design Inteligente utiliza a informação como o seu principal indicador confiável, pois a mesma pode ser detectada e medida, pela utilização das leis relacionadas com a informação e a sua conservação.

Tem sido estabelecido estatisticamente que informação é uma entidade não material mas mental. Processos naturais são fontes fundamentalmente incapazes de gerar informação.

A informação pode ser armazenada por meio de códigos em uma quantidade muito variada de meios. É importante observar-se que tanto o código utilizado quanto o meio onde ele é armazenado não podem ser considerados informação.

Informação é uma mensagem. Um conjunto de símbolos codificados pode conter uma mensagem, podendo assim ser informação.

Um exemplo da pesquisa para determinar se um conjunto de símbolos ou sinais estão relacionados com uma mensagem codificada vinda do espaço sideral encontra-se na área de sinais transmitidos por radiação eletromagnética. Estes sinais em forma de ondas de rádio são detectados por várias antenas de observatórios no planeta. Diferenciar entre ruído (noise) – produzido por aleatoriedade, pulsos (pulses) – produzidos por leis da natureza, e mensagens (message) – produzida por inteligência, tem sido um dos trabalhos principais do SETI (Search for Extra Terrestrial Intelligence) na busca por vida inteligente fora do planeta Terra.

Várias técnicas têm sido desenvolvidas para determinar se um conjunto de símbolos codificados contém uma mensagem ou não. Por meio destas técnicas pode-se afirmar que a mensagem quando encontrada tem a sua origem relacionada a uma fonte inteligente e não a processos aleatóreos naturalistas.

Essas técnicas baseiam-se em cinco áreas objetivas onde a avaliação pode ser feita por meio de uma metodologia específica.
1. Estatística – faz-se uma avaliação matemática do número de símbolos utilizados uma seqüência, da freqüência em que eles aparecem nesta seqüência e da ordem na qual eles aparecem. Estabece-se a relação: sinal transmitido / sinal recebido.
2. Sintaxe – faz-se uma avaliação do sequenciamento e do posicionamento dos símbolos nesta seqüência. Esta avaliação demonstra as regras pelas quais os símbolos são utilizados e o conteúdo de uma seqüência específica de símbolos.
Estabelece-se a relação: código utilizado / código compreendido.
3. Semântica – faz-se uma avaliação do conteúdo de cada seqüência específica de símbolos em relação à seqüência toda. Obtem-se o significado da mensagem modificada. Estabelece-se a relação: idéia comunicada / sentido compreendido.
4. Pragmática – faz-se uma avaliação da relação da mensagem em relação ao contexto onde ela aparece. Estabelece-se a relação: ação esperada / ação implementada.
5. Apobética – faz-se uma avaliação do propósito da mensagem em relação ao contexto onde ela deve ser implementada. Estabelece-se a relação: propósito a ser atingido / resultado obtido.

Uma ilustração prática desses 5 níveis pode ser obtida por meio da pedra de Rosetta.

Os símbolos nela encontrados poderiam ser meros símbolos ornamentais ou uma mensagem armazenada naqueles símbolos. Jean François Champollion decifrou os símbolos egípcios enigmáticos, revelando que neles havia uma mensagem.

Aplicando-se os testes de avaliação na pedra de Rosetta obtem-se:

1. Estatística:
14 linhas em hieróglifos
32 linhas em demótico (escrita egípcia cursiva)
54 linhas em grego,
1419 símbolos heroglíficos (116 diferentes)
468 palavras gregas.
2. Sintaxe: as seqüências de símbolos formam palavras, cada qual com um significado específico.
3. Semântica: a mensagem é uma homenagem feita ao rei Ptolomeu pelos sacerdotes de Memphis por volta do ano 196 a.C.
4. Pragmática: a homenagem deveria tornar-se conhecida por todos os povos.
5. Apobética: a mensagem tornou-se conhecida até os dias atuais.

Um estudo similar pode ser feito com o DNA (ácido deoxirribonucleico), avaliandose e o sequenciamento encontrado nele é informação ou resultado de processos aleatóreos.

1. Estatística: número de símbolos utilizados, frequência e ordem na seqüência
Seqüências das quatro letras químicas ATCG.
2. Sintaxe: sequenciamento e posicionamento dos símbolos
Seqüência dos nucleotídeos
3. Semântica: conteúdo das seqüências de símbolos
Seqüência dos aminoácidos
4. Pragmática: ação esperada
Formação de proteínas
5. Apobética: resultado a ser atingido
Preservação e propagação da vida

O código encontrado no DNA é uma mensagem. Sua origem é inquestionavelmente de uma fonte inteligente e não de processos aleatóreos e randômicos. (O contrário seria o mesmo que tentar provar que a origem dos códigos encontrados na pedra de Rosetta é a aleatoriedade, tendo sido esculpidos pelos agentes do tempo, tais como vento e chuva, durante longos períodos de tempo.) Portanto, para o estabelecimento da origem da vida, torna-se crucial o estabelecimento da origem da mensagem contida no DNA, muito mais do que o estabelecimento da origem das suas demais características físico-químicas, tais como a sua estrutura tridimencional e os elementos químicos da sua composição.

A implicação científica de tal determinação, evidenciando que a origem da mensagem ali contida não pode ser naturalista, é que a origem da vida não pode ser traçada de volta a uma série de processos cegos aleatórios, mas sim a um design inteligente.

Embora aplicando-se ao DNA a mesma metodologia que é aplicada para estabelecer se sinais vindos do espaço são provenientes de uma fonte inteligente, e obtendo-se no caso do DNA um resultado positivo quanto a uma origem inteligente, causas naturalistas continuam sendo atribuídas tanto ao aparecimento do DNA quanto da vida.

Este artigo está baseado numa parte do Capítulo 2 “A Origem da Informação: Design Inteligente” do livro “Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Criacionismo”

O Paradigma Naturalista e a Proposta Criacionista

As propostas científicas baseiam-se em pressupostos estabelecidos por cientistas, os quais, sendo seres humanos, estão sujeitos tanto as tendências quanto as preferências pessoais. Um certo número de cientistas com as mesmas inclinações pode estabelecer não somente um paradigma científico como também toda uma metodologia para avaliá-lo.

Homens como Lyell, Darwin, Huxley, Haeckel, Oparin, Miller, Gould, Dawkins e muitos outros têm apoiado a posição que a ciência deve ser necessariamente naturalista.

Esta visão, que atualmente é em termos práticos global dentro da ciência, desconsidera qualquer formulação que apresente uma causa sobrenatural como explicação de fenômenos explícitos ou implícitos como a origem e o desenvolvimento da vida e do universo (entendese aqui por sobrenatural, uma causa que vá além da matéria, energia, espaço e tempo). Segundo esta posição, a “verdadeira ciência” só pode ser naturalista. Portanto, qualquer proposta que não seja naturalista, não poderá ser considerada científica. Do ponto de vista ideológico, é importante observar que tal naturalismo não é neutro. Ele toma uma posição bem definida quanto a natureza da natureza”, a saber, uma compreensão estritamente física e materialista da natureza, excluindo a possibilidade de que a mesma tenha uma dimensão não material (como informação, planejamento, design, etc).

Decorrente deste raciocínio, a possibilidade de uma criação sobrenatural é totalmente rejeitada logo de início, não por questões científicas mas sim ideológicas, deixando assim a única possibilidade admissível a de uma evolução cósmica e biológica aleatória.

Assim sendo, não é a pesquisa científica que demonstra a veracidade da evolução, mas sim a pressuposta “veracidade” da evolução, decorrente do paradigma naturalista, que determina quais fatos devem ser considerados verdadeiros e científicos e quais não.

Pode-se observar que, partindo-se do modelo naturalista, que exclui a priori causas sobrenaturais (como um design inteligente), a evolução cósmica e biológica passa a ser “verdadeira” mesmo antes dela ter sido avaliada empiricamente.

Sendo a evolução aleatória considerada como “verdade”, automaticamente concluise que a Terra deve ser muito antiga. Isto porque a proposta de uma Terra jovem não seria compatível com a idéia de uma evolução aleatória. Novamente percebe-se que esta é uma conclusão a priori. Pode-se notar aqui, que se as pesquisas e observações feitas por um cientista apontassem para uma Terra jovem, inevitavelmente isto comprometeria a evolução aleatória, e pelo paradigma naturalista, o tal deveria ser considerado falso ou não científico.

Assim, qualquer observação empírica, que aponte para uma Terra jovem (seja por meio de um desing inteligente ou uma criação inteligente e intencional), forçosamente teria que ser considerada como errada ou fora do domínio da ciência, por colocar em questionamento a antiguidade da Terra.

Isto significa que todas as evidências precisam ser selecionadas, interpretadas e organizadas de tal forma que sejam compatíveis com a premissa naturalista, e que forçosamente levem à posição de uma evolução aleatória, tanto da vida quando do universo, e da antiguidade da Terra. Essa tendência é facilmente detectada através da utilização contínua de premissas uniformitaristas, como taxas de erosão e de deposição de sedimentos, velocidade de deslocamento das placas continentais, e outras tais, para estabelecer a idade da Terra.

Invitavelmente, aceitando-se a priori como “verdadeira” a evolução aleatória tanto da vida como do cosmos, e por conseqüência uma Terra muito antiga, o próximo passo é aceitar como “verdadeiro” um Universo extremamente antigo.

Outra vez, teorias e pesquisas que possam ser chamadas “científicas” devem produzir uma data antiga para o universo, a fim de corroborarem com as premissas naturalistas.

Se pesquisas precisam produzir resultados admissíveis que corroboram com as premissas naturalistas, o “verdadeiro” cientista, que por definição deve ser um naturalista, não tem nenhuma outra alternativa a não ser a de confirmar as premissas naturalista e os “fatos” que elas estabelecem.

Assim sendo, não existe nenhuma alternativa científica que possa ser aceita pelos adeptos da posição científica atual, àquilo que foi previamente estabelecido pelas premissas naturalistas. Só os mais ingênuos do ponto de vista epistemológico, é que ficam impressionados pelo fato da “ciência” confirmar sistematicamente essas premissas em todas as disciplinas.

Caso um experimento, observação, ou ainda uma teoria não corrobore com as premissas naturalistas, por introduzir elementos não aleatórios, demonstrando uma inteligência sobrenatural, inevitavelmente deixará de ser considerado científico.

Na ciência de hoje, o paradigma naturalista determina a priori as evidências, os métodos e até mesmo os resultados “cientificamente corretos”, antes mesmo do trabalho científico iniciar-se.

Três conclusões práticas podem ser derivadas desde posicionamento atual chamado “científico”:

1. Todo o conhecimento científico está fortemente condicionado à cosmovisão naturalista, o que impossibilita e reprime possíveis teorias que ofereçam explicações de caráter científico para situações não observadas como a da origem da vida, da Terra e do Universo (como por exemplo a teoria do Design Inteligente).
2. A menos que premissas não naturalistas sejam igualmente aceitas, não será possível demonstrar ou até mesmo refutar a teoria da evolução cósmica e biológica, juntamente com o seu corolário obrigatório da antiguidade da Terra e do Universo.
3. Dizer que o Criacionismo e o Design Inteligente não são posicionamentos científicos pelo fato deles não utilizarem-se das premissas naturalistas, não é uma avaliação correta e justa, dentro de qualquer contexto intelctual.

Tal posicionamento é uma expressão da preferência pelas premissas naturalistas e não pela pesquisa científica.

Referências

Para maiores informações sobre este assunto ler o artigo “Garbage ‘In”, Garbage ‘Out’”, do Dr. Jónatas E. M. Machado, Universidade de Coimbra, Portugal. O artigo pode ser encontrado na revista Universo Em Debate, (Associação Brasileira da Pesquisa Criacionista) Ano 1, Edição 1, p.5-7,15. (http://abpc.impacto.org e http://www.impacto.org.br)

A Expansão do Universo

Em 1913 Melvin Slipher, um astrônomo americano, anunciou que um estudo feito em cerca de doze nebulosas mostrava que a maioria delas estava se afastando da Terra em velocidades de milhões de quilômetros por hora. Slipher foi um dos primeiros pesquisadores a usar o efeito Doppler para medir sistematicamente as velocidades de grandes objetos celestiais. Edwin Hubble observou esta mudança da cor do espectro das galáxias. A esta mudança foi dada a interpretação de que o universo estaria em expansão. As galáxias ao se distanciarem ou ao se aproximarem da nossa galáxia teriam a sua “cor” alterada. Esta mudança é observada através das alterações das linhas do espectro de elementos como o sódio, o potássio e o hidrogênio. Isto funciona de maneira análoga ao som da sirene de uma ambulância. Quando a ambulância está se aproximando, o som é mais agudo. Depois que ela passa, o som fica mais grave. Para uma pessoa dentro da ambulância o som não teria mudado.

Essa interpretação do desvio espectrográfico tem enfrentado dificuldades relacionadas com outras observações:

  1. Galáxias interconectadas possuem desvios espectrográficos diferentes.1 Isto significa que galáxias que estão interconectadas possuem velocidades diferentes.
  2. Desvios que se agrupam em valores específicos. Esses valores são indicados pelo símbolo z. Por exemplo, para um desvio (redshift) de z=1, temos a indicação de que o comprimento da onda dobrou desde a sua emissão até chegar ao observador. Os valores de z que as galáxias tendem a assumir são 0,06; 0,3; 0,6; 0,9; 1,4 e 1,96. Isto traz consigo duas importantes conclusões: (1) que as galáxia possuem velocidades preferidas, o que em se tratando de galáxias, isto não faz sentido, e (2) esta recessão implica que a Terra está numa posição única. Uma posição que não fosse única poderia explicar a recessão observada, mas os valores de z apareceriam de forma contínua e não em intervalos distintos como observados. Isto implica diretamente que nossa galáxia estava no centro ou muito perto do centro do universo.2
  3. O desvio para o vermelho implica também numa diminuição da freqüência. Sendo que a energia da luz é proporcional à sua freqüência, isto pode implicar numa perda de energia. Até o momento, a Teoria do Big Bang não oferece explicações para esta possível perda de energia.3

É importante salientar aqui que existem outras explicações para o fenômeno do desvio espectrog ráfico da luz para o vermelho as quais são de grande importância e relevância. Todas elas têm um sólido embasamento científico e oferecem respostas igualmente compatíveis com a evidência. Apenas algumas delas estão relacionadas abaixo.

O astrônomo Fritz Zwicky em 1929 já havia proposto que o desvio para o vermelho seria causado pela perda de energia da luz ao viajar pelo espaço. Esta proposta ficou conhecida como a “teoria da luz cansada”. Esta teoria continua sendo estudada e pesquisada ainda hoje, por ser uma forte alterrnativa.4

Uma outra cosmologia estática proposta por I. E. Segal, apresenta o desvio para o vermelho diretamente proporcional à curvatura do espaço.5

V. S. Troitskii, desenvolveu um modelo cosmológico no qual ele interpretou o desvio para o vermelho como conseqüência da diminuição da velocidade da luz.6

Todas estas proposta mostram que a interpretação de um universo em expansão não é a única interpretação científica para o fenômeno do desvio espectrográfico da luz. Mais sobre isto será tratado adiante.

Também é importante notar que a visão moderna não é a expansão de objetos no espaço, mas sim a expansão do próprio espaço, o que faz com que os objetos sejam “carregados” por esta expansão. Seria como o desenho numa bexiga que aumenta a medida que a bexiga é inflada.

Esta idéia de uma expansão súbida foi necessária para que a teoria do big bang pudesse ser adaptada a observação. Foi uma solução ad hoc. A proposta foi feita por Alan Guth. Nesta proposta o universo teria passado por um período de rápido crescimeneto (período inflacionário) num curtíssimo espaço de tempo. Em outras palavras, ele teria expandido por um fator de 1025 em apenas 10-35 segundo. Isto seria como transformar uma ervilha numa galáxia como a nossa (100.000 anos-luz de diâmetro) em 0,00000000000000000000000000000000001 segundo!

Referências

1 Arp, Halton M. , Seeing Red, Montreal: Apeiron, 1998. Vert ambém do mesmo autor Quasars, Redshifts, and Controversies, Berkeley, CA: Interstellar Media, 1987.

2 Tifft, William G., “Global Redshift Periodicities and Periodicity Variability”, Astrophysical Journal, 485:465-483 (1997). Ver também do mesmo autor “Properties of the Redshifht”, The Astrophysical Journal, Vol 382, December 1991, p. 396-415. Ver também, Tifft, William G., “Redshift Quantization in the Cosmic Background Rest Frame”, Journal of Astrophysics and Astronomy, 18(4):415-433 (1977).

3 Peebles, P.J.E., Principles of Physical Cosmology, Princeton: The University Press, 1993, p.138.

4 Gosh, A., “Velocity-dependent Inertial Induction: a Possible Tired-Light Mechanism”, Apeiron, 1991, 9-10, p. 35-44.

5 Segal, I. E. e Z. Zhou, “Maxwell’s Equations in the Einstein Universe and Chronometric Cosmology”, Astrophysical Journal Supplement, 1995, 100, p. 307.

6 Troitskii, V. S., “Physical Constants and Evolution of the Universe”, Astrophysics and Space Science, 1987, 139, p. 389-411. Sobre a velocidade da luz ter sido maior no passado, ver também S. Adams, “The Speed of Light”, Inside Science 147:4, New Scientist 173(2326) (January 19, 2002).

Este artigo está baseado numa parte do Capítulo 3 “A Origem do Universo: Astronomia e Cosmologia” do livro “Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Criacionismo”

A Luz Proveniente de Estrelas Distantes Prova Que O Universo É Antigo?

Vivemos num universo imenso que contém galáxias que se encontram a bilhões de anos-luz de distância. O fato da luz destas galáxias chegar até nós tem sido usado como evidência a favor de um universo com uma idade de aproximadamente 14 bilhões de anos.

As técnicas utilizadas pelos astrônomos para medir distâncias cósmicas poderiam ser questionadas. No entanto, elas são geralmente lógicas e corretas e nãos se baseiam em pressuposições evolucionistas do passado. Além do mais elas fazem parte da ciência observacional, sendo presentemente testáveis e duplicáveis.

Criacionistas ao produzir modelos de uma terra e um universo jovens, com cerca de milhares de anos e não milhões ou bilhões de anos, são, de uma forma geral, criticados por não levar em consideração questões “tão simples” como o tempo de viagem da luz vinda de pontos muito distantes do universo.

Assim sendo, uma breve avaliação sobre o tempo de viagem da luz se faz necessário para a validação dos modelos criacionistas de uma terra e um universo ainda jovens.

As Pressuposições dos Argumentos do Tempo de Viagem da Luz

Qualquer tentativa científica que tente estimar a idade de qualquer coisa envolverá necessariamente um certo número de pressuposições. Estas pressuposições podem estar relacionadas com as condições iniciais, a constância de certas proporções, contaminação do sistema e muitas outras, e, portanto, serem incorretas. Muitas vezes uma cosmovisão errada pode também ser a causa de pressuposições incorretas.

A luz distante das estrelas apresenta várias pressuposições que são questionáveis – nenhuma das quais faz com que necessariamente o argumento esteja errado.

A Constância da Velocidade da Luz

Assume-se atualmente que a velocidade da luz é constante em função do tempo. Atualmente, no vácuo, ela demoraria um ano para percorrer aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.

Se assumirmos que esta velocidade tem sido constante durante toda a existência do universo, poderemos incorrer no erro de acharmos uma idade muito mais antiga para o universo do que a idade real.

Por outro lado, a velocidade da luz não é um parâmetro arbitrário. Em outras palavras, se mudarmos a velocidade da luz, outras coisas também mudariam, como a proporção entre energia e massa de um sistema, e as demais constantes que estão relacionadas com esta velocidade.

Portanto, se for alterada a velocidade da luz, o impacto que isto causaria no universo, na terra e na vida seria algo não imaginável.

A Pressuposição da Rigidez do Tempo

A pressuposição de que o tempo se move de forma constante em todas as condições, obedecendo a uma forma rígida não é verdadeira. Existem maneiras através das quais a nãorigidez do tempo pode permitir que a luz proveniente de pontos muito distantes chegue até nós numa escala de tempo relativamente pequena.

Albert Einstein descobriu que movimento e gravidade afetam a passagem do tempo. Por exemplo, quando um objeto está num movimento muito próximo ao da velocidade da luz, o seu tempo é desacelerado. Isto é chamado de dilatação do intervalo de tempo. O mesmo se dá com a medição do intervalo de tempo entre um relógio posicionado ao nível do mar e um outro numa montanha. O relógio posicionado ao nível do mar, por estar mais próximo da fonte da gravidade, teria também o seu tempo desacelerado.

Portanto, um mesmo evento no passado poderia ter ocorrido num longo período de tempo para um observador, e num curto período de tempo para um outro observador. Por exemplo, a luz das estrelas que demoraria bilhões de anos para chegar até nós (medida por relógios posicionados no espaço profundo – “deep space clocks”) chegaria à Terra em alguns milhares de anos, medida por relógios daqui. Isto ocorreria naturalmente se a Terra estivesse numa cavidade gravitacional (“gravitational well”).

Suponhamos que o sistema solar esteja localizado próximo do centro de um número finito de galáxias. Esta proposta é totalmente consistente com a evidência e, portanto, uma possibilidade perfeitamente rasoável.

Neste caso, a Terra estaria localizada nesta cavidade gravitacional. Isto significa que muita energia teria que ser utilizada para levar algo para uma posição distante desse centro. Nessa cavidade gravitacional, nós não sentiríamos nenhum efeito gravitacional anormal, mas os nossos relógios estariam desacelerados (muito mais lentos) quanto comparados com os relógios posicionados em outros pontos distantes.

Sendo que a expansão do universo é aceita pela maioria dos astrônomos atuais, o universo teria sido menor no passado, fazendo com que a diferença entra os relógios na terra apresentassem uma desaceleração quando comparados com relógios em pontos distantes do universo. Assim sendo, a luz proveniente de galáxias distantes teria chegado até a terra em apenas alguns poucos milhares de anos, quando medida por relógios na terra, em comparação com bilhões de anos, quando medida por relógios distantes da terra.

A Pressuposição de Sincronização

Uma outra maneira pela qual a relatividade do tempo é importante, é a sincronização: como fazer com que relógios mostrem o mesmo tempo e ao mesmo tempo. A teoria da relatividade tem mostrado que tal sincronização não é absoluta. Por exemplo, um observador num plano de referência poderia ver dois relógios sincronizados ao passo que um outro observador, num plano de referência diferente, não os veria sincronizados. Portanto, quando se trata de sincronização de relógios separados por uma distância qualquer (pequena ou quase infinita), não existe um método pelo qual tal sincronização possa ser feita no sentido absoluto, de tal maneira que todos os observadores iriam concordar, independente do movimento.

Um exemplo simples seria um avião levantando voo às 14:00 hrs e pousando precisamente às 14:00 hrs. Sendo que o avião aterrisou no mesmo tempo em que levantou vôo, esta viagem seria instantânea. Como seria possível? A resposta está no fuso horário. Imagine um avião partindo de Brasília às 14:00 hrs (horário local) e chegando em Cuiabá às 14:00 hrs (horário local). A hora marcada em Cuiabá é uma a menos que a de Brasília (consideramos que o avião voa rápido o suficiente para percorrer a distância em uma hora). Para um passageiro a viagem teria demorado uma hora (tempo universal), mas para um observador em Cuiabá, o avião teria chegado na mesma hora em que partiu (tempo local).

Existe um equivalente cósmico entre o tempo local e o tempo universal. Luz viajando em direção à Terra é equivalente a um avião viajando no sentido oeste (Brasília a Cuiabá), O tempo local permaneceria sempre o mesmo. Se usarmos o tempo cósmico universal, a luz levaria 100 anos para percorrer 100 anos-luz.

De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, a luz não experimenta a passagem do tempo, sendo a sua viagem instantânea. Portanto, luz vinda da extremidade do universo chegaria instantaneamente aqui ao passo que nós acharíamos que ela teria levado bilhões de anos.

O Tempo de Viagem da Luz: Um Argumento que Refuta a Si Mesmo

A própria teoria do big bang possui um problema seríssimo com a questão do tempo de viagem da luz. De acordo com este modelo, a luz teria que percorrer uma distância muito acima da que lhe é permitida, dentro de um período de 14 bilhões de anos (idade do universo proposta pela teoria do big bang). Esta dificuldade é conhecida como o “problema do horizonte”.

De acordo com a teoria do big bang, quando o universo era ainda bastante jovem e muito pequeno, ele desenvolveu pequenas diferenças locais de temperaturas (sem isso corpos celestes como estrelas e galáxias não poderiam ter se formado). Vamos assumir teoricamente que neste início de universo haveria, portanto, dois pontos: A (quente) e B (frio). Hoje, bilhões de anos depois deste período, o universo expandiu de tal forma que os pontos A e B estão muito distantes um do outro. No entanto, temos visto por meio da radiação de fundo (Cosmic Background Radiation) que a temperatura, mesmo a distâncias imensas, é praticamente a mesma: 2,7 K (270°C negativos). Isto significa que os pontos A e B possuem a mesma temperatura hoje. Mas isso somente seria possível se eles tivessem trocado energia. E a maneira mais rápida de trocar energia é através de radiação eletro-magnética. No entanto, essa troca teria que ter ocorrido multiplas vezes durante a existência do universo para que um equilíbrio térmico fosso atingido (como obervado através da temperatura uniforme da radiação de fundo). Dado o tamanho do universo – a distância e a quantidade de vezes entre dois pontos que a luz teria que ter percorrido durante os supostos 14 bilhões de anos – a velocidade da luz não teria sido sufic ente para que tal temperatura uniforme existisse.

Uma solução proposta para a teoria do big bang é o que se chama de período inflacionário. O universo no seu início teria expandido dentro dos limites conhecidos pela ciência. Em seguida ele teria entrado num período inflacionário, através do qual teria chegado às dimensões atuais. Esta proposta não possui nenhuma evidência, não sendo nada mais que uma pura conjectura. (Não existe nenhuma evidência do que poderia ter dado início a esse período e muito menos o que teria feito com que ele chegasse ao fim de forma suave para manter intacta a estrutura observada no universo atualmente.)

Conclusão

Assim sendo, o problema do tempo de viagem da luz permanece uma questão aberta para a discussão científica. Aceitar uma idade antiga para o universo (teoria do big bang), apenas porque a luz de corpos celestes localizados a bilhões de anos-luz tem chegado até nós, é uma questão de preferência por um modelo de idade antiga por um outro modelo de idade rescente. Esta preferência não se dá por méritos científicos mas sim por pressuposições e posicionamento filosófico pessoal de cada cientista ou pesquisador.

Referências

Mais sobre este assunto pode ser encontrado no artigo escrito por Jason Lisle
http://www.answersingenesis.org/articles/nab/does-starlight-prove

Criação

As primeiras palavras da Bíblia fornecem o fundamento de tudo o que se segue: "No princípio, criou Deus os céus e a Terra." Gên. 1:1. Ao longo das Escrituras, a Criação é celebrada como oriunda das mãos de Deus. que é exaltado e adorado como Criador e Mantenedor de tudo. "Os céus proclamam a glória de Deus. e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos."Sal.19:1.
A partir desta maneira de ver do mundo, flui uma concatenada série de doutrinas que jazem no âmago da mensagem adventista do sétimo dia ao mundo: um mundo perfeito sem pecado e sem morte criado não muito tempo atrás; o sábado. a queda dos nossos primeiros pais; a assolação do pecado; degradação e morte estendidas por sobre toda a criação; a vinda de Jesus Cristo, Deus encarnado para viver entre nós e resgatar-nos do pecado por meio de de Sua morte e ressurreição; a segunda vinda de Jesus, nosso Criador e Redentor, e a restauração total de tudo que foi perdido por meio da queda.
Como cristãos que levam a sério a Bíblia e procuram viver orientados por seus preceitos, os adventistas do sétimo dia têm uma visão elevada acerca da natureza. Cremos que, apesar de seu atual estado de decadência, a natureza revela o eterno poder de Deus (Rom 1:20). "'Deus é amor' (I João 4:8), está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota." - Caminho a Cristo, pag 10.